Os fertilizantes são um dos recursos mais importantes para que a agricultura brasileira atinja as produtividades esperadas e sejam eficientes. O insumo tem como função adequar os níveis de nutrientes do solo para suprir as necessidades das plantas.
Apesar da grande importância para sustentar as lavouras e de representar em torno de 20% dos custos operacionais, o Brasil é extremamente dependente do mercado externo.
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Aproximadamente, 85% do volume de fertilizantes utilizados em solo brasileiro é importado. O país é o 4º maior consumidor de fertilizantes do mundo, atrás apenas da China, Índia e Estados Unidos, e não tem uma produção interna capaz de proporcionar segurança e autonomia.
Dessa forma, se torna refém de diversos fatores externos de mercado que influenciam nos preços do produto a ser importado e dos riscos de falta do insumo.
Principais fornecedores de fertilizantes do Brasil
Os principais países fornecedores de fertilizantes para o Brasil são a Rússia, representando em torno de 25% do total com volumes de fertilizantes NPK: nitrogenados, potássicos e fosfatados; a China, fornecedora de nitrogenados e fosfatados; o Canadá e a Bielorrússia, fornecedores de potássicos; e o Marrocos com volumes de fosfatados.
Principais países fornecedores de fertilizantes para o Brasil
Oscilações nos preços e fornecimento de fertilizantes
A dependência pelo fornecimento externo deixa o Brasil exposto a diversos fatores que podem causar oscilações de preço e trazer incertezas de abastecimento deste insumo tão importante para nossa agricultura.
Dentre estes fatores, além dos impactos causados pela pandemia, como congestionamento logístico elevando os custos de frete marítimo e fábricas reduzindo as taxas operacionais devido a medidas de distanciamento social, diversas situações podem causar problemas de oferta, dentre elas, podemos citar:
- Adversidades climáticas: furacão, nevascas e enchentes podem prejudicar a produção e fluxo de matérias-primas e fertilizantes.
- Problemas operacionais: Suspensões/interrupções nos trabalhos em minas produtoras de matérias-primas.
- Problemas geopolíticos: Sanções econômicas a países produtores de fertilizantes.
- Questões econômicas: Aumento dos custos das matérias-primas.
As consequências destes fatores no Brasil resultam na elevação dos custos de produção agrícola.
Toda esta situação deixa o alerta da necessidade de planejamento e conhecimento do mercado de fertilizantes para que seja possível adquirir os volumes necessários do insumo a preços competitivos e sem o risco de atrasos ou falta.
Perspectivas para o mercado
As expectativas para o mercado de fertilizantes é de que a demanda continue elevada, principalmente para a produção das safras de grãos no Brasil e nos Estados Unidos e de cereais na Índia.
A oferta seguirá com alguns problemas e restrições, com a China e a Rússia priorizando seus mercados internos e reduzindo as exportações, e conflitos políticos no Leste Europeu impedindo o fluxo normal dos potássicos Bielorrussos.
As matérias-primas também deverão continuar com os custos elevados. A precificação dependerá dos volumes de compra e da reorganização e equilíbrio de oferta, o que causará oscilações no mercado que deverão ser acompanhadas com atenção.
Em relação ao Brasil, está em andamento o Plano Nacional de Fertilizantes, com o objetivo de reduzir a dependência por importações e incentivar a produção interna. No entanto, as medidas e resultados são para o longo prazo, de modo que continuaremos submetidos ao mercado internacional.
Assim, é fundamental para a gestão agrícola e dos custos de produção atentar-se aos fatores de precificação dos fertilizantes, o que se relaciona diretamente com diversos acontecimentos mundiais.
Ter informações sólidas sobre estes acontecimentos é essencial para a antecipação do mercado e assertividade no momento de compra.
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