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Milho consolida quarta queda em cinco sessões em Chicago, avaliando ampla oferta global e clima

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    Porto Alegre, 7 de fevereiro de 2024 – A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou a sessão de hoje com preços mais baixos. O mercado tentou esboçar uma reação apoiada no cenário externo favorável, seguindo o desempenho positivo do petróleo em Nova York, a fraqueza do dólar frente a outras moedas correntes e o aumento da demanda de milho para produção de etanol nos Estados Unidos.

    Contudo, o quadro de ampla oferta global do cereal persistiu e pressionou uma forte baixa nas cotações. Além disso, uma possível melhora climática na Argentina completou a negatividade da sessão, que atingiu uma nova mínima nos últimos três anos. Segundo a Reuters, para os próximos dias são esperadas chuvas generalizadas no país, mudando o foco dos investidores de volta para as estimativas de produção abundante.

    Os agentes também estimam que a produção de milho da Argentina seja ligeiramente maior no relatório de oferta e demanda de fevereiro, que será divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) na quinta-feira (8). No mesmo dia, o mercado espera a estimativa da Conab para a safra brasileira do cereal. Os investidores também aguardam uma redução nos estoques mundiais e estadunidense.

    A produção de etanol de milho dos Estados Unidos avançou 4,23% na semana encerrada em 02 de fevereiro, atingindo 1.033 mil barris diários (*), ante 991 mil na semana anterior (26), segundo dados da AIE (Administração de Informação de Energia).

    Já os estoques de etanol dos Estados Unidos passaram de 24,3 milhões de barris para 24,8 milhões de barris no mesmo período comparativo, avançando 2,05%. (*) Cada barril equivale a 159 litros.

    Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em estoques americanos de 2,134 bilhões de bushels em 2023/24. Em janeiro, a previsão ficou em 2,162 bilhão de bushels.

    Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial de milho, o mercado aposta em estoques finais 2023/24 de 324 milhões de toneladas, contra 325,2 milhões de toneladas estimadas em janeiro. Para a safra do Brasil, a aposta é de que o número recue de 127 para 124,3 milhões de toneladas. Para a Argentina, o mercado aposta em número de 55,7 milhões, antes os 50 milhões indicados em janeiro.

    Na sessão, os contratos com entrega em março de 2024 fecharam com baixa de 4,50 centavos, ou 1,02%, cotados a US$ 4,34 1/4 por bushel. Os contratos com entrega em maio de 2024 fecharam com recuo de 4,00 centavos, ou 0,88%, cotados a US$ 4,46 1/2 por bushel.

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     Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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