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Demanda lenta impede avanço maior das cotações do frango no Brasil em janeiro

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Porto Alegre, 2 de fevereiro de 2024 – O mercado brasileiro de frango registrou preços de estáveis a mais altos no decorrer de janeiro. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, o destaque ficou com a região Nordeste, que conviveu com preços em elevação devido à estrutura de custo mais inchada se comparada ao restante do país, somada a um quadro mais restrito de oferta.

Conforme Iglesias, no Centro-Sul do Brasil os preços ficaram de estáveis a levemente mais altos, mesmo com a demanda ainda retraída. Apenas em São Paulo é que as cotações do quilo vivo despencaram em janeiro “A boa notícia é que os custos de nutrição animal estão arrefecendo, à medida que avança a oferta de milho e de farelo de soja país afora”, avalia.

Para fevereiro, a expectativa é de que a gradual melhora no escoamento da carne possa contribuir para um avanço nos preços, embora de forma bem moderada.

Preços internos

Segundo levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango tiveram algumas mudanças ao longo do mês. O preço do quilo do peito foi mantido em R$ 9,80, o quilo da coxa caiu de R$ 7,00 para R$ 6,60 e o quilo da asa seguiu em R$ 13,20. Na distribuição, o preço do quilo do peito continuou em R$ 10,00, o quilo da coxa diminuiu de R$ 7,20 para R$ 6,80 e o quilo da asa prosseguiu em R$ 13,40.

Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário da semana também apresentou alterações nas cotações durante o mês. No atacado, o preço do quilo do peito permaneceu em R$ 9,90, o quilo da coxa recuou de R$ 7,10 para R$ 6,70 e o quilo da asa prosseguiu em R$ 13,30. Na distribuição, o preço do quilo do peito teve estabilidade a R$ 10,10, o quilo da coxa retrocedeu de R$ 7,30 para R$ 6,90 e o quilo da asa se manteve em R$ 13,50.

O levantamento mensal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo registrou alta de R$ 5,20 para R$ 5,25. Em São Paulo, o quilo vivo recuou de R$ 5,20 para R$ 5,05.

Na integração catarinense a cotação do frango ficou em R$ 4,40. Na integração do oeste do Paraná, a cotação seguiu em R$ 4,55 e, na integração do Rio Grande do Sul, em R$ 4,80.

No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango permaneceu em R$ 4,65, em Goiás o quilo aumentou de R$ 5,10 para R$ 5,15 e, no Distrito Federal, a cotação passou de R$ 5,20 para R$ 5,25.

Em Pernambuco, o quilo vivo mudou de R$ 5,40 para R$ 6,20, no Ceará avançou de R$ 5,40 para R$ 7,00 e, no Pará, de R$ 5,50 para R$ 7,00.

Exportações

As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 547,383 milhões em janeiro (19 dias úteis), com média diária de US$ 28,809 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 332,350 mil toneladas, com média diária de 17,492 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.647,00.

Em relação a janeiro de 2023, houve baixa de 18,1% no valor médio diário, recuo de 0,9% na quantidade média diária e queda de 17,4% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

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Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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