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Com comprador retraído e pouca movimentação, mercado de feijão permanece arrastado

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Porto Alegre, 21 de junho de 2024 – O mercado brasileiro de feijão carioca iniciou a semana com preços estáveis e negócios moderados, impulsionados por vendas satisfatórias na madrugada, especialmente para o período do mês. Com ofertas predominantes de Minas Gerais e Paraná, a qualidade dos lotes, porém, conforme destaca o analista e consultor da Safras & Mercado, Evandro Oliveira, apresentou problemas como grãos partidos e manchados, além da presença de grãos de soja, o que afetou a demanda diante de compradores cada vez mais seletivos. Cerca de 20 mil sacas foram ofertadas, sendo que pelo menos 6 mil foram comercializadas.

De acordo com Oliveira, o mercado permaneceu lento nos dias seguintes, com preços apenas nominais. Na madrugada de terça-feira, os poucos compradores presentes não demonstraram grande necessidade de novas aquisições, já tendo garantido o abastecimento nas compras da sessão anterior. As indicações para o feijão carioca extra ficaram na faixa de R$ 270/sc, enquanto o produto comercial variou entre R$ 250 e R$ 260/sc.

Na metade da semana, o mercado seguiu retraído, com apenas uma negociação de feijão extra, nota 9,5, para embarque a R$ 345/sc, mas sem disponibilidade no mercado. A quarta-feira foi marcada pela ausência de vendas, refletindo a falta de demanda. A semana encerrou arrastada, com cotações nominais e ofertas reduzidas após negociações no pós-pregão. “A chegada das festas juninas pode impactar o consumo de feijão. Com o fim das colheitas no Paraná, espera-se a manutenção de preços firmes”, estimou o analista.

Feijão preto

Já no mercado de feijão preto, a semana começou com poucas amostras e sem negócios significativos, com 1,5 mil sacas ofertadas sem registros relevantes.

Na sequência, o mercado continuou vazio de ofertas, com preços nominais sustentados pelo controle de oferta dos vendedores, mesmo diante de uma demanda retraída. A estratégia dos produtores de conter a oferta visa manter os preços após o encerramento das colheitas no Paraná. Na metade da semana, o volume de amostras seguiu modesto e as cotações do feijão extra se mantiveram em torno de R$ 315/sc. Com negócios restritos às regiões produtoras, a inatividade no mercado resultou em preços estáveis e expectativa voltada para a próxima semana.

“Apesar do cenário de pouca movimentação, o feijão preto manteve uma boa demanda no mês, tanto interna quanto externa. Esse fator é crucial para a manutenção da firmeza nos preços, mesmo em um ambiente de baixa atividade”, afirma o consultor. A demanda consistente registrada ao longo do mês, associada à oferta limitada de grãos, sustenta a expectativa de estabilidade no curto prazo, com pouca probabilidade de quedas significativas nos preços.

Para os próximos dias, a perspectiva de Oliveira é de continuidade dessa tendência de preços firmes. A demanda deve ser um ponto de suporte essencial, equilibrando a falta de movimentação no mercado e mantendo as cotações em um patamar estável.

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Ritiele Rodrigues (ritiele.rodrigues@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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