Porto Alegre, 25 de janeiro de 2024 – Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços mais baixos. Após esboçar recuperação técnica no início da semana e bater nos melhores níveis em uma semana, o mercado voltou a sentir a pressão exercida pelo cenário fundamental baixista.
O principal ponto de pressão sobre as cotações é a iminente entrada de uma grande safra sul-americana no mercado. A colheita já iniciou no Brasil e, apesar dos problemas de produtividade, a oferta brasileira deverá ficar em torno de 150 milhões de toneladas.
Na Argentina, apesar da pontual falta de chuva, o desenvolvimento das lavouras tem acontecido de forma satisfatória. Após perder mais da metade da safra no ano passado, por conta do clima seco, os argentinos deverão colher 52,5 milhões de toneladas em 2023/24, segundo estimativa da Bolsa de Buenos Aires. Seriam cerca de 30 milhões a mais ingressando no mercado. Paraguai e Uruguai também prometem boas safras.
Com isso, as atenções dos compradores se voltam para o mercado sul-americano, o que se torna mais um fator negativo para os contratos negociados em Chicago. A demanda pela soja americana é cada vez menor. As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2023/24, com início em 1º de setembro, ficaram em 560.900 toneladas na semana encerrada em 18 de janeiro. Analistas esperavam exportações entre 700 mil e 1,225 milhão de toneladas.
Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com baixa de 17,25 centavos de dólar, ou 1,39%, a US$ 12,23 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 12,30 1/4 por bushel, com perda de 16,25 centavos ou 1,30%.
Nos subprodutos, a posição março do farelo fechou com baixa de US$ 5,10 ou 1,40% a US$ 358,20 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em março fecharam a 46,53 centavos de dólar, com baixa de 0,79 centavo ou 1,66%.
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Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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