Porto Alegre, 2 de fevereiro de 2024 – O mercado brasileiro de trigo teve um janeiro de pouca liquidez. O ritmo lento nos negócio se justificou, principalmente, pelo pequeno interesse da indústria em novas compras no período.
Os moinhos estão bem abastecidos e só devem voltar ao mercado com mais intensidade a partir da metade de fevereiro. Este é um movimento comum entre o final de um ano e o início do outro, quando, além da baixa demandas, há também uma menor atividade vendedora.
Os produtores mantiveram suas atenções voltadas às culturas de verão, preparando o início da colheita de soja, no Rio Grande do Sul, e trabalhando no plantio do milho safrinha, no Paraná. Além disso, o produto disponível é, em sua maioria, de menor qualidade, devido à quebra de safra no ano passado. O trigo com ph mais elevado é ofertado a preços mais altos. Os principais negócios no Brasil foram de trigo para ração ou para exportação, independente do tipo de consumo.
Assim, a indústria aproveitou a vantagem de ter estoques confortáveis e de ter, na Argentina, uma potencial origem de trigo melhor e mais barato nesta temporada. A colheita no país vizinho terminou em janeiro, com um excedente exportável mais que suficiente para atender à demanda brasileira.
Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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