Porto Alegre, 23 de janeiro de 2024 – A Bolsa de Mercadorias de Nova York (ICE Futures US) para o açúcar bruto encerrou o pregão eletrônico com cotações em alta nesta terça-feira.
Os contratos com entrega em Março/2024 encerraram o dia a 23,75 centavos de dólar por libra-peso, alta de 0,25 centavo (+1,1%) em relação ao fechamento anterior. Maio/2024 fechou a 22,99 centavos (+1,0%).
As cotações voltaram a subir diante de apreensões com a oferta global. O mercado convive com os temores em torno da safra brasileira deste ano. As informações de chuvas abaixo da média e insuficientes no cinturão canavieiro do país geram apreensões quanto ao tamanho da produção. O dólar fraco contra o real nesta terça-feira também foi aspecto altista, pois tira competitividade dos embarques do Brasil.
Também indicações de uma produção reduzida na Índia sustentam os preços. O Departamento de Meteorologia da Índia disse que as chuvas de monções deste ano (junho-setembro) foram 6% abaixo da média, sendo as chuvas de monções mais fracas em 5 anos. A Associação Indiana de Usinas de Açúcar (ISMA, na sigla em inglês) informou em 8 de janeiro que a produção de açúcar da Índia em 2023/24, de 1º de outubro a 31 de dezembro, caiu -7,6% no comparativo com o ano anterior, para 11,2 milhões de toneladas. Para o ano de comercialização completo, a ISMA prevê a produção de açúcar da Índia em 2023/24 em 32,5 milhões de toneladas, uma queda de 11,2% em relação aos 36,6 milhões de toneladas em 2022/23.
Em outubro, a Índia prolongou as restrições às exportações de açúcar a partir de 31 de Outubro até novo aviso, numa tentativa de manter o abastecimento interno adequado. A Índia permitiu que as usinas exportassem apenas 6,1 milhões de toneladas de açúcar durante a temporada 2022/23, até 30 de setembro, depois de permitir que exportassem um recorde de 11,1 milhões de toneladas na temporada anterior. A Índia é o segundo maior produtor de açúcar do mundo. As informações partem do Barchart.
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Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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